sexta-feira, 21 de março de 2008

Som interpolado

No dia 15 de março, eu tive a honra de participar de um espetáculo de primeira protagonizado pelos nova-iorquinos do Interpol. O dia não estava muito propício para o show e tudo parecia estar conspirando para dar errado. Primeiro, cheguei ao ponto de ônibus para pegar o Santafé exatamente dois minutos antes de sua chegada. Dois minutos de atraso e já era. Depois cheguei a Belo Horizonte e fui pra casa da minha irmã.
Na hora de ir pra casa do Matheus, uma chuva dos infernos arrebatou a cidade e lá estava eu caminhando em meio ao aguaceiro no centro de BH. Chegando à casa do Matheus, vi que a luz no bairro dele tinha deixado o local. Em meio às ruas escuras, caminhamos até a Moradia Universitária (depois de comprarmos uma velinhas, é claro). "Não vai dar pra tomar banho", logo pensei, mas fomos salvos pela iniciativa ecológica local. Lá, a água é aquecida por energia solar e os poucos raios que incidiram sobre a cidade naquele dia foram suficientes para preparar o nosso banho.
Indo para o show, uma pequena chuva se transformou num enorme pé d'água enquanto estávamos no ônibus. Descer no Chevrolet Hall foi complicado. Tivemos que entrar pela saída, pois a entrada do lugar fica ao ar livre e a chuva não nos permitia subir as escadas tranqüilamente. Demos azar, pois a entrada que escolhemos foi a segunda a ser aberta, o que não nos impediu de garantir os nossos lugares na sexta ou sétima fileira da pista. Chegando lá, fomos surpreedidos pelo pessoal do Pato Fu, já no palco, dizendo que o show seria com a luzes do ginásio acessas, pois a organização não os deixara utilizar todas as luzes do palco e, como forma de protesto, eles não usariam nenhuma.
O pessoal do Interpol, então, foi o máximo. As luzes foram realmente muito brilhantes e no fim eu e o Matheus nos juntamos a um casal indie que gritava "Toca Stella", que eu tive o prazer de gravar um trechinho. Como se não bastasse, quando chegamos ao ponto de ônibus, outra tromba d'água atingiu a capital mineira, mas nós sobrevivemos.
E aí está! Uma lembrança que ficará guardada em nossas lembranças eternamente (a menos que nós tenhamos Mal de Alzheimer). Interpol em BH: