domingo, 31 de outubro de 2010

Presente de (deus) grego

Depois de ler o final do "Universo Praçarelo" (série de postagens sistêmicas do meu amigo Lalinho Dias) e ver que até a pedagoga lançou um livro, senti-me na obrigação de começar a minha própria história literária, nem que seja pra mim mesmo ou só eu mesmo ler. Ainda assim, prefiro gastar o meu tempo ocioso com um mangá, anime, série ou jogo no momento, mas, não sei por quê, não consigo mais empolgar absurdamente de uma vez com nenhum mangá/anime/série/jogo novo que eu pego pra ler/assistir/jogar. Eu leio alguns capítulos, vejo alguns episódios, faço algumas quests e logo, logo já me dá vontade de fazer outra coisa.
Atualmente, estou lendo One Piece depois de ter paralisado a leitura por um bom tempo devido à minha mudança para Belo Horizonte (onde os volumes do Cássio ficaram parados uns bons momentos na minha estante até que eu chegasse na Praça e tomasse 627 spoilers sobre a nova saga de Luffy e seus amigos). Mas outro dia mesmo comecei a ler Nurayhion no Mago, um anime que eu comecei a ver antes de terminar o Saiunkoku (que eu também só comecei depois de a Paty começar a utilizar dezenas de referências dele nas nossas conversas pelo MSN). Os trailers de Diablo III me incentivaram a jogar Diablo II, na expectativa de reaprender o modo de jogo (que provavelmente será destruído com o novo lançamento) tão peculiar deste clássico dos jogos para PC. Só que depois de ouvir o Ricardo, meu colega de AP, jogando Plants Vs. Zombies, senti uma enorme vontade de jogá-lo.
Amigos psicólogos e/ou estudantes de psicologia me ajudem: Será que estou ficando velho? Será que não consigo mais fazer coisas por mim mesmo? Ultimamente, só tenho feito coisas graças ao incentivo (mesmo que indireto) de outras pessoas. Seria isso falta de personalidade ou a caracterização de uma personalidade "Maria vai com as outras"? Ou é apenas mais um dos complexos que a Mariwonde diz que eu tenho?
Esses dias, sentei-me à frente de uma folha de papel imáginária e comecei a juntar frases para tentar dizer algo que nem mesmo aquele que me pediu que escrevesse sabia dizer (putz, o cara não sabia nem explicar o que ele queria fazer, Apolo não teve dó dele mesmo, coitado...). E nesse, ínterim, acabei descobrindo algumas informações interessantes que compilei em um documento denominado "Ideias soltas", para que eu pudesse começar a montar uma história depois e escrever um romance tosco algum dia, quem sabe.
Entretanto, a pressa para terminar o artigo que estava a escrever fez com que eu retirasse meu pendrive/MP3 player do notebook sem removê-lo, ou sequer fechar os arquivos que estavam abertos. Resultado: o negócio estragou lindamente e agora apenas pisca aquela luzinha sínica quando eu o plugo numa entrada USB. Logo, perdi as ideias que já eram soltas e agora vou ter de repensar uma boa história para desenvolver de novo. O tenso é que isso aconteceu justamente depois que Apolo resolveu ter dó de mim e me conferiu um pouco de inspiração para poder escrever algo interessante. Para que santo eu teria de rezar para o Felipe, outro colega de AP, conseguir recuperar os arquivos do meu pendrive através do Linux? Enquanto não existe nenhum santo protetor/padroeiro dos dispositivos digitais, vou rezar pra São Longuinho mesmo, pra ver se recupero o tal arquivo "perdido".
PS.: Isso me levou a pensar uma coisa legal: Se você oferece três pulinhos pra conseguir encontrar algo que pediu a São Longuinho, para uma coisa maior você ofereceria o quê? Três saltos de pára-quedas? Três saltos de bung-jump? Pense nisso...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Valha-me Apolo

Apolo tem me faltado nos últimos tempos. Isso se justifica pelo fato de eu estar a mais de duas semanas sem nada postar aqui. Falta-me a inspiração, atribuída na Grécia Antiga a ele, Apolo, o deus de todas as boas qualidades que um ser humano pode ter, para unir as palavras conferindo a elas um sentido único e afastar a ambiguidade. Entretanto, nestes tempos estou mais propenso a encontrar múltiplos sentidos nas palavras para não deixar escapar uma piadinha sequer (de quem será a culpa, hein?).
Hoje penso "ainda bem que não vivo de escrever", mas fico temeroso de que isso atrapalhe o desenvolvimento das minhas letras. Quando era forçado a escrever, mesmo quando não gostava do assunto ou não concordava com a opinião que devia passar, não me era falho o ato da escrita. Na verdade, às vezes era, mas por ser forçado a produzir o texto, de vez em quando ainda fazia algumas coisas legais. Agora, meus relatos não passam de "viagens na maionese" ou viagens mesmo (a maioria delas para a minha cidade natal).
E para não fugir à regra, como tem muito tempo que eu não posto aqui, venho falar do meu fim de semana (prolongado por mim mesmo) em Formiga. Futiract foi ruim (pra mim). Fiz uma péssima atuação como goleiro e nós ainda perdemos o jogo. Tá... mas só isso que foi ruim mesmo, porque o resto foi até legal. Só que domingo eu pude perceber o quanto a minha turma está ficando cachacera (em todos os trocadilhos possíveis dessa palavra). Eu que nem bebi um gole sequer na festa tive de limpar dois dos cinco vômitos que lá encontramos e a traumática garrafa quebrada do Lalinho (o que me rendeu um belo corte na mão, devido ao caco que grudou no chão com a sobra da bebida que havia no frasco, e ninguém viu). Fiquei impressionado com monte de biras de cigarro que encontrei, o que me fez pensar ainda mais no trocadilho que fiz há pouco. Espero sinceramente não encontrar pontas de baseado na próxima limpeza que fizer, pois se isso acontecer vou prefirir andar com os cabaços otakus e jogadores de Pokémon...
Mas Apolo, que me faltara esses tempos, presenteou-me com a oportunidade de curtir o primeiro dia da Noite de Todas as Letras do Unifor-MG. Como ex-aluno do curso de Letras do Unifor-MG, posso dizer uma coisa: se eu saí mal-preparado para o mercado de trabalho ao fim do meu curso, tenho dó dos jovens que estão lá agora. Os trabalhos que vi apenas comprovaram a falta de capacidade dos alunos de letras daquela instituição para produzir material artístico. Muito me espantou o teatro escrito/adaptado da Suisâmela Samicida Sâmela. Nunca imaginei que ela pudesse escrever um texto com palavras tão nobres como as que ela usou (pena que ela cagou na obra utilizando palavrões como o que eu usei nesse parêntese. Tipo, eu penso assim: se é pra usar a linguagem coloquial não dá pra casar o texto com um vocabulário requintado. Ou um, ou outro, pô! E as aulas de linguística/teoria da literatura?).
Para fechar a noite, houve o lançamento do livro da mais nova escritora formiguense (e os leitores desse blog vão se impressionar caso conheçam a peça e não saibam do tal lançamento) Elizangela Rocha, a "editora-chefe da Revista 'a par' e coordenadora do projeto educacional 'Formigando' [pedagoga, né?]" como foi apresentada fechando a sua lista de cargos/adjetivos da mesma forma que o nosso jornalista/escritor/compositor/professor/entre muitos e demais outros cargos chefe de tempos passados costuma se apresentar. Massa foi que dessa vez ele não deu as caras e (pra variar) mandou o seu representante número um, apresentado como jornalista/escritor/professor/crítico literário (?) Flávio Roberto Pinto, conhecido apenas como "Flavinho" em tempos mais humildes. O título do livro explica exatamente como foi a "solenidade": "O Ilusório" (coitado do reitor que teve de ver tanta bobagem que até alunos do ensino médio seriam capazes de fazer melhor).
Contudo, tenho de dizer que o livro é até massa (sim, eu comprei um exemplar e ainda pedi autógrafo [até porque se fosse eu a viver tal situação ilusória {e eu ainda tenho esse sonho infantil tosco}, eu ficaria feliz se ela também o fizesse]). Apesar de eu não curtir essa vibe de escritores de poesia do modernismo (que banalizou a rima), tenho de admitir que as poesias da Elizangela são bem legais. Ela escreve bem, de alguma forma.
Isso aumentou ainda mais a minha vontade de escrever um livro. Mas isso seria assunto para um outro post, pois esse já está grande e pode afastar os leitores que conquistei. Acho que vou fazer uma oferenda a Apolo pedindo inspiração para escrever a minha própria história...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Males que fazem bem

Há duas semanas fui "supreendido" com a história de que teria de mudar de setor dentro da Escola de Música para resolver um desentendimento entre funcionários. A primeira coisa que pensei foi exatamente "P*#%@, eu não tenho m&#%@ nenhuma a ver com essa d&$*#@$@", mas meu semblante sereno e calmo foi suficiente para esconder esse pensamento horroroso que havia imperado na minha mente. Achei por bem não contestar a mudança, justamente por não ter bagagem suficiente para constetá-la e por pensar que a mudança poderia me beneficiar de alguma forma.
Trocaram meu horário de 8h30 às 17h30 para 13h00 às 20h00, ou seja, recebi um "bônus" de uma hora a menos na carga horária por ter de trabalhar à noite. O "benefício intantâneo" fora do expediente que recebi foi o de poder ficar na internet até mais tarde sem ter a preocupação de acordar cedo no dia seguinte, era realmente tenso lutar contra o despertador do celular de manhã e chegar ao trabalho entre 8h45 e 9h15, nunca no horário que me foi determinado iniciar as atividades. Agora, também tenho mais tempo para cuidar da minha casa, afinal, fazer tarefas domésticas pela manhã é muito mais animador do que fazê-las à noite, quando você já está cansado de dedicar o seu cérebro a uma atividade intelectual o dia todo.
Por outro lado, passeios no shopping à noite, como os que eu adorava fazer no Del Rey sozinho ou no Cidade com o Muppy-senpai ocasionalmente, ficarão distantes (quando quiser ver o senpai, acho que vou ter de ir à terra dele ou marcar algum almoço no bandejão da Faculdade de Direito). Também não vou poder amolar o Gabriel durante a semana (nem pagar aquela partida de Go, que estou devendo ele há décadas, durante a semana), o que para ele é menos mal, pois ele precisa estudar para continuar se divertindo conosco na Capital dos Mineiros ano que vem.
Esses pensamentos me atormentaram um bom tempo durante essas duas semanas e a cada "prejuízo" que eu encontrava, eu pensava num "benfício" para manter o equilíbrio, não prejudicar o Ying-Yang e poder curtir o fim de semana na boa. Mesmo com o "temporal" (aqueles típicos de interior, se é que vocês entendem) que passou pela cidade de Formiga na sexta-feira, encontrei uma boa parte dos meus amigos no nosso refúgio coberto (o CCAA) na Praça da Matriz e após uma longa conversa sobre card games, velhas virgens e outras coisas mais, fomos embora dormir para enfrentar o dia seguinte.
Sábado, pude ver o Eron pela manhã (não podia deixar de recebê-lo na minha cidade, embora não tenha me dedicado 100% à vinda dele, afinal de contas, ele nem veio 100% por minha causa e eu espero que os 90% pelos quais ele tenha ido tenham sido correspondidos). À tarde, cumpri minhas obrigações como parceiro da Skirk Land, embora o Renan tenha trabalhado mais do que eu, acredito. À noite, tive de cumprir meus compromissos como rotaractiano e apresentar o meu projeto do mês, mas depois tive de escolher entre sair com meus amigos, com a galera do Twitter ou com as amigas da Mariana. Agradeço imensamente por a Mariana ter "dado o bolo" em suas amigas e ter me acompanhado a mais uma "Festa do Câncer" na casa do Marcelo (um daqueles eventos onde a gente só come alimentos que no futuro vão causar doenças cancerígenas, como as de fígado que eu causei com a minha pipoca extra-salgada nas pessoas que compareceram a esta edição). Se não fosse ela, acredito que teríamos de esperar mais uns 20 minutos para podermos comer a primeira leva de pipocas com ki-suco, visto que os demais integrantes não sabiam sequer fritar pipocas (aliás, é assim mesmo que se fala?) e a Mariazinha estava exercendo o seu vício no Orkut, jogando Mini-Fazenda. A paçoquinha do final foi essencial para contrabalancear com o sal excessivo que eu coloquei em uma das levas de pipoca e eu não vou nem comentar o meu fracasso no Guitar Hero, embora tenha me divertido mais do que se eu tivesse a mesma habilidade do Leo ou do Leozinho. Esses eventos podem ter todo o teor "infantil" que contém, mas são coisas que muito me alegram e é muito bom poder compartilhar deste sentimento com os outros.
Mas o maior dos benefícios de ter mudado de setor é não ter de voltar de Formiga no domingo à noite. Assim, posso reunir os treinadores no domingo para um "bom duelo" (parabéns, Léo, finalmente foi campeão, hein?) e passar o resto da noite com aquela que espero muito me alegrar de agora em diante, assim que "consumarmos" o relacionamento ao qual nos propusemos enfrentar daqui pra frente. De tudo, se mudar de setor foi mesmo um "mal", hoje já é uma coisa que me faz bem.