segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Primeiro post do ano (acrescido de "Final feliz")

Geralmente, as pessoas escrevem seus primeiros posts do ano nos primeiros dias do ano, mas como passei a última semana (que na verdade seria a primeira) a me recuperar dos embalos da virada, não o fiz até hoje. Como o início vai até o meio, antes de entrar no final, acredito que poderia ter escrito até junho que ainda estaria no começo. Enfim (santo conectivo!), visto que ainda não transcorreram nem 4% do ano corrente, ainda há tempo para um post de abertura.
Não melhor do que a abertura do ano, a qual passei no Sítio Quatro Estações, em Pains. Foram quatro dias que sintetizaram muito bem as estações do ano. O primeiro foi de uma chuva intensa, que trouxe o frio típico do inverno, terminado no segundo dia com a chegada da primavera e o aparecimento dos primeiros raios solares que proporcionaram uma tarde de muita piscina, uma prévia do calor ardente do terceiro dia, que maltratou a pele das pessoas que compareceram, que terminou com o vento repentino do outono no quarto dia. Talvez venha daí o nome do lugar...
Depois dessa experiência, qualquer tentativa de programa com os amigos não superou o evento, mas há de se dizer que o "Tributo ao Rage Against the Machine, com Anarkaos" e o "MacarrAna" foram tão bons qto o poker na casa do Glória. Mas para começar o ano bem, gostaria de terminar a história do meu último post (embora o final tenha ficado muito bom). Afinal, o post me rendeu vários livros.
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Havia uns dois meses, Maria Cláudia tinha dito que dispensaria uma série de livros de literatura do Objetivo e que "por falta de espaço, jogaria no lixo". Achando uma crueldade que os livros fossem parar na lixeira, disse:
- Nossa, que absurdo! Vai jogar livro fora? Dá pra mim!
- Você quer mesmo?
- Livro de literatura? Não dispenso - respondi.
- Então vou trazer pra você - prometeu ela.
O tempo passou e a promessa fugiu da memória. Na segunda-feira, eu cheguei em casa depois da meia-noite após uma longa sessão de cinema com a versão extendida do filme O Senhor dos Anéis - As Duas Torres e minha mãe disse que eu havia ganhado um presente.
- Presente? Como assim?
- Tá lá em cima da sua cama, vai lá conferir! - disse ela toda efusiva.
Chegando ao meu quarto, eu encontrei uma edição de Encontro Marcado, o livro que havia sumido das estantes da papelaria. Nem preciso dizer que me emocionei ao ver aquela obra ali no meio da bagunça em minha cama. Pois ali ela estava, esperando o toque de minhas mãos. rapidamente folhei as páginas como se para conferir que todas estavam ali. Então, voltei pausadamente à primeira e me deparei com uma assinatura melhor que a do autor do livro. O autógrafo de um mestre vivo para completar a obra do mestre que a vida me tirara antes que eu pudesse conhecê-lo. A assinatura do professor Amilton Vale.
- O Amilton deixou aí pra você. Ele disse que leu o texto no seu blog e decidiu te dar o livro - explicou a mãe com um sorriso nos lábios.
No dia seguinte, entrei no meu e-mail para ver as minhas mensagens. Uma delas era do professor dizendo que por acaso entrou no meu blog e se sensibilizou com a história do meu post. Como já tinha lido o livro o daria pra mim, que tanto o queria. Agradecido, não tive palavras para responder à mensagem.
Chegando à revista, vi um monte de livros no meu computador. Eram as doações da Maria Cláudia para a minha biblioteca pessoal. Dez livros de literatura nacional e internacional, muitos títulos conhecidos nas aulas de Literatura Inglesa. Se antes eu estava triste por não encontrar o livro que eu tanto almejava, as doações que recebi me deixaram muito feliz. Talvez, eu escreva sobre os duelos com meu celular na próxima semana.