segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Um poema para distrair

De agora em diante

Não quero sensibilidade,
prefiro segurança
Não preciso criar asas
se nada passa do chão
Não desejo carinho em farsas,
basta-me a compreensão

Cansei de procurar
para plantar e cultivar
a semente ideal às fraquezas
O que eu quero é trocar
e sobretudo compartilhar
as alegrias e as tristezas

De agora em diante quero,
antes do amor sincero,
uma eterna amizade.
Que seja tenra e concreta,
de amor e carinho repleta
e de terna lealdade.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

À mestra com carinho


A faixa não é suficiente para expressar a gratidão pelo trabalho desenvolvido à frente da escola, mas é uma forma singela de homenageá-la. Nesse dia do professor, gostaria de dedicar um espaço no meu blog à pessoa que foi e é um grande apoio em minha vida; à pessoa que me ofereceu uma oportunidade na vida quando eu ainda era um mísero estudante de 14 anos; à pessoa que me colocou nos caminhos da profissão que desde jovem ei escolhi. Gostaria de prestar uma homenagem àquela que por 12 anos comandou o sucesso educacional que hoje é a Escola Estadual Professor Joaquim Rodarte.
Eliana Márcia Avelar Rodrigues é um exemplo para todos que já estiveram sob sua custódia no Joaquim Rodarte. Além de professora e comandante, ela soube ser amiga nas horas de necessidade e mãe nas horas desespero. Sempre exibiu um vigor imensurável, com dedicação exemplar.
Lembro-me das tardes que eu passava na sala dela a admirar a responsabilidade com que ela desenvolvia suas atividades. Tenho pesar de não ter conseguido lançar sequer uma edição do nosso efêmero jornal, mas agradeço pela oportunidade de ter os primeiros contatos com o jornalismo sob sua orientação. É por isso que nesse dia tão especial, abro espaço para homenagear a primeira pessoa que me confiou uma oportunidade na vida. Poucas linhas são insuficientes para descrever a pessoa brilhante que é a nossa Dona Eliana, mas são suficientes para eternizar em minhas memórias o sorriso deste ícone que marcou a minha vida.

Feliz dia do professor, mestra!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Na sala de espera

Todo mundo insiste em falar sobre as horas. No entanto, meu tempo é curto demais para discorrer sobre elas. Prefiro falar dos minutos. Cada um é formado por 60 segundos, que podem ser míseros se você se sentir confortável, mas podem se tornar uma eternidade quando há pressa ou incômodo. As horas não passam, os minutos voam. E voam tão rápido que quando você percebe, já tem uma hora completa e nem percebeu. Uma hora que não passou.
O barulho intenso do tic-tac causa a impressão de que o minuto se tornara uma hora. O ponteirinho vermelho corre cada vez mais rápido deixando a respiração ofegante, o cérebro desconcertado e a mente cada vez mais doente.
Um homem chega. Calça jeans surrada, jaqueta de couro impecável, barba grande e cabelo curto bem aparados. A terra e areia do seu sapato denunciam que ele viera da zona rural. . E então aquela figura típica contradiz sua condição:
– Vim pagar o aluguel da sala 11.
– O aluguel aumentou – diz a atendente.
Surpreendido pelo aumento, o homem saca um tufo de notas contadas em cédulas de dois, cinco e dez reais. Sinal de que ajuntara todo o dinheiro para o aluguel daquele mês. A taxa passara de R$ 225 para R$ 255 e aqueles dolorosos R$ 30 saem de sua carteira num dó tremendo.
As horas ainda passavam. Não, os minutos passavam. As horas permaneciam inertes em seu lugar. A porta à frente rangia para cada funcionário que por lá passava. A mola que fazia a porta se fechar fazia a diferença entre novatos de veteranos. Os novatos deixavam a porta bater num estrondo assim que passavam por ela, Os veteranos, provavelmente já sabendo do efeito, amorteciam com a mão.
Range a porta subitamente para a passagem da pessoa a quem eu tanto esperara com afinco.
– Desculpe-me a demora, é que eu estava ocupado com outro serviço – diz.
– Não há do que se desculpar – respondo. O pensamento completado na mente: “Você me deu a oportunidade de escrever um bom texto”.

Esse texto foi escrito enquanto eu esperava um dos diretores do Bazar Guri.

domingo, 5 de outubro de 2008

Os cinqüenta por cento


Este fim-de-semana os brasileiros foram às urnas escolher seus candidatos a prefeito. Em Formiga, as urnas mostraram algumas surpresas, mas tudo permaneceu na normalidade mesmo. O atual prefeito Aluísio Veloso/PT se manteve na chefia do executivo vencendo as eleições com 21.094 votos (53,1% dos votos válidos). Se o segundo turno fosse válido para cidades com mais de 60 mil habitantes, o petista teria desbancado seus adversários logo no primeiro pleito, o que prova que seu trabalho o tem consolidado como um dos melhores prefeitos que a Cidade das Areias Brancas já teve.
Aluísio venceu com uma diferença de 11.013 votos o canditato Eduardo Brás/PSDB, que teve 10.077 votos (25,4%) e por sua vez não conseguiu abrir distância do outro concorrente, Juarez Carvalho/PV, que obteve 8.545 votos (21,5%). A escolha comprova as intenções do eleitorado formiguense. Os dois candidatos já tiveram chance de mostrar o seu trabalho numa segunda administração e não tiveram muito sucesso. Sinceramente, espero que o Senhor Aluísio não faça o mesmo.
Para vereador, méritos para o PMDB. A legenda conseguiu três votações expressivas: Meirinha, com 1.875 votos, Mauro César, com 1.698 votos, e o já figurinha carimbada Moacir Ribeiro, pela sétima vez no executivo, com 1.654 votos. Além de ter sido a mais votada, a peemedebista foi a única mulher eleita para ocupar umas das dez cadeiras da câmara, um fenômeno que pode vir a concorrer à prefeitura nas próximas eleições. Cid Corrêa (da Vitória Corrêa/PR) esteve na frente grande parte da apuração e terminou com 1.721 votos (o segundo mais votado), sem conseguir levar ninguém de sua coligação.
A coligação PSB/PT/PTC levou Gonçalo de Faria/PSB, com 1.348 votos, e Edmar Ferreira, agora no PT, com 1.109 votos. Cabo Cunha/PMN foi o único eleito da coligação PMN/PSL/PRB/PRTB, com 1.186 votos. Já os esforços em reunir as personalidades mais pop de Formiga deram à coligação PV/PCdoB/PPS/PTB duas cadeiras no Legislativo: Eugênio Vilela Júnior/PV, com 950 votos, e Dr. Reginaldo/PCdoB (sim, o maluco conseguiu!), com 910 votos.
A coligação DEM/PP é a prova de que a união faz a força e elegeu o desconhecido Mazinho/DEM com 572 votos, que superou figuras expressivas como Tião Rangel, Vanderlei Pacheco e Josino, que já foram legisladores em mandatos anteriores. Somente o PHS que naum fez coligação com ninguém (idiota) não elegeu nenhum vereador.
A nova cara da Câmara Municipal mostra cinco novidades e cinco velharias do eleitorado formiguense. O que prova que os cinqüenta por cento dominaram as eleições desse ano, um pleito que não foi bom, nem ruim tal qual seu resultado.
PS: Parabéns para o Valdir lá de Córrego Fundo (futuro patrão da Cidinha), prefeito mais uma vez.