sábado, 30 de agosto de 2008

Natureza underground


A uma semana de mais uma apresentação da melhor banda da Cidade das Areias Brancas, decidi passar aqui para contar porque eu gosto dessa banda. Quatro rapazes que se reuniram para fazer um som e decidiram compor suas músicas próprias, esses são os rapazes do Anarkaos. Duas guitarras dialogam com a bateria envoltos pelo singelo som do baixo em letras que adentram o espírito pela porta principal, o ouvido. Esses rapazes merecem o nosso reconhecimento. Numa cidade onde músicos são mal pagos e suplantados pelo freqüente surgimento de bandas que aceitam tocar em bares sem nenhum custo somente para "mostrar" o seu trabalho, os rapazes do Anarkaos conseguem fazer jus aos dois cds que nasceram do seu suor.
O talento não precisa de cartazes, flyers ou folders "bonitinhos" no estilo "Looping Promoções" ou "Sérgio Borges", basta uma folha de jornal impressa numa gráfica que nem chega perto de ser a melhor do município e uma fita adesiva que se encontra em qualquer papelaria, muito mais ecológica do que aquelas colas que danificam o espaço público e mancham a imagem das paredes que decoram as ruas da nossa cidade.
Espero que o Novo Paladar esteja lotado no próximo sábado, pois vocês merecem um público muito maior do que aquele lugar pode suportar.

Serviço:
Anarkaos
Local: Novo Paladar (ao lado do Ladino, digo, Galdino)
Data: Sábado, 06/07 Horário: 23 horas

domingo, 24 de agosto de 2008

Plágio

O blog do Bruno Dancing parece que vai voltar a bombar. Mesmo que isso não aconteça eu gostaria de publicar ak (com adaptações) uma frase bombante que ele postou no blog dele e eu me identifiquei completamente:

"Problemas sociais, relacionamento, dores de cabeça, noites acordado, sonhos psicodélicos, faculdade chata... Se não fossem meus amigos por perto, sabe-se lá como eu estaria agora."

Um dia ainda quero postar todos os pensamentos de Nana sobre os quais tenho refletido ultimamente. São esses excertos de sapiência popular que me fazem seguir em frente.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Acho que quebrei meu relógio

Quando era mais novo, eu costumava dizer: “Tenho todo o tempo do mundo” como forma de justificar a preguiça e a falta de compromisso com as obrigações impostas a mim. Como nunca fui cobrado de maneira militar pelos meus pais, não aprendi a ter tanto compromisso com horários e chegar atrasado às festividades e obrigações passou a ser um doce costume, só para poder utilizar a criatividade numa desculpa tão esfarrapada quanto se pode imaginar.
Contudo, as pessoas crescem, os compromissos aumentam e a rotina é ampliada a ponto de você ter que contradizer um dos lemas infantis que você ais admirava quando era pequeno. Já faz um tempo, aposentei a frase “Tenho todo tempo do mundo”, mas ainda não havia encontrado outra capaz de substituí-la. Cada minuto do tempo passou a ser crucial na minha rotina de vida e, cada vez mais, Cronos parece zoar com a minha cara, dando-me mais afazeres e menos tempo.
E nesse momento, os nova-iorquinos do Interpol me apareceram ocasionalmente cantando “I’m timeless like a broken watch”. Encaixei-me perfeitamente nas sete (outro número que tem me perseguido ultimamente... nee, Nana?) palavras do início da música “Take you on a cruise”, faixa quatro do segundo CD da banda, intitulado “Antics”. Tal comparação poética me fez refletir bastante sobre o tempo, esse mano velho que ainda falta um tanto, eu sei. E então, concluí que estou realmente sem tempo, tal qual um relógio quebrado. Contudo, o meu problema não é apenas bateria, talvez sejam as engrenagens que começaram a sofrer com o stress cotidiano...
Agora, só me resta fazer uma oferenda a Cronos para ver se eu arranjo um espacinho a mais no tempo (tal qual o que eu arrumei para fazer esse post). E se você está se sentindo tão sem tempo quanto eu, passe logo no relojoeiro para ver qual é o seu problema (mas deixe um comment antes, ok? Afinal se você já perdeu tempo lendo esse post, não custa nada opinar também...).