terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Que venha 2012...

Pronto, acho que já parei de viajar o suficiente para voltar a escrever por aqui e como o ano tá acabando eu tinha que voltar aqui mesmo pra fazer meu post de fim de ano. Vou adotar o mesmo esquema dos meus posts de fim de ano anteriores, embora eu acredite que nem tenha tantos leitores a ler essa joça de blog que se perdeu no tempo assim como outras coisas que se perderam este ano. Mas então vamos lá.
O ano começou maravilhosamente bem com a galera do MK Vera quebrando tudo (inclusive a casa) lá na roça do meu querido amigo Gabriel. Foi extremamente bom tudo o que vivemos lá e eu guardarei para sempre as lembranças daqueles dias. O atolamento que enfrentamos para ir buscar o Marcelo ficará para sempre em minha memória. Contudo, o que se passou lá, acabou sendo perdido numa esquina do tempo.
O ano começou com o ocaso do meu pequeno empreendimento na área de card games, que me deu uma baita dor de cabeça do cão. Foi-se embora a Skirk Land e eu continuei a jogar Pokémon com uma galera que nem era composta meus amigos mais próximos. Tempos depois, o Pokémon se tornou minha válvula de escape da realidade e eu entrei num vício tão grande que me levou ao fundo do poço no meio do ano.
No fim das contas, 2011 para mim foi um ano perdido. Agora que eu parei pra refletir, observando o meu post de fim de ano de 2010: nenhuma das metas que eu coloquei para mim no ano de 2011 foi cumprida. Nenhuma mesmo! Em 2011, eu queria concretizar a única meta que não consegui atingir no ano anterior e nem isso eu consegui fazer.
Dando continuidade à retrospectiva, fui contratado para participar como secretário de um evento de grande nome na Escola de Música da UFMG e o trabalho começou a me consumir. Nas horas de descanso, às quais eu deveria usar para responder e-mails e dar continuidade ao meu trabalho, tudo o que eu queria fazer era simplesmente pegar uma partida de Pokémon Online e com isso perdi o sono e com ele a minha qualidade de vida.
Marquei minhas primeiras férias para julho deste ano, pensando em me dedicar a viver Los Angeles com os meus amigos e desestressar de todo e qualquer trabalho que viesse a me incomodar. Os primeiros dias foram ótimos. Resolver os problemas da Codirc que viria eram um ótimo passatempo para quem tinha decretado férias totais para seu trabalho estressante na capital dos mineiros. E então veio a quarta-feira do dia 13 de julho.
Essa quarta-feira me marcou tanto quanto outro dia que vou citar mais para frente. Aquele dia eu havia separado para jogar Pokémon com o meu sobrinho e comparecer à formatura dos meus ex-sogros. E eis que depois de passar uma tarde inteira conversando sobre monstros de bolso e fé, veio a queda. À noite, entrei em desentendimento com a Mariana e quis ir embora pra minha casa proferindo uma conversa completamente sem fundamento com o Wesley. Eu não estava bem. Havia cometido o mesmo erro de trocar o dia pela noite e tudo o que eu pensava se resumia aos pequenos e inofensivos montros de bolso.
Aquilo foi o "start" para uma confusão mental que me assolou o resto do ano, contra a qual luto até hoje. Voltei ao Dr. Reginaldo. Voltei a tomar aquela dose cavalar de comprimidos estranhos. Voltei a não ser dono de mim mesmo e tive uma amnésia que somente foi interrompida graças à chegada da minha irmã que eu não via há três anos.
A chegada dela me tirou de um buraco no qual eu havia me enfiado com todas as forças. E então eu comecei a queimar literalmente todas as lembranças de um passado triste. Tudo o que eu havia dedicado anos a colecionar e na residência à qual ainda tenho por carinho chamar de minha em Formiga. Tudo isso para deixar de lado a única coisa que me havia feito mal o ano inteiro: o jogo.
Voltei a trabalhar em agosto numa consternação tão grande que me levou a outro médico na cidade de Belo Horizonte. Fiquei três meses parado, sem fazer absolutamente nada na casa de meus pais. E então veio o dia 14 de agosto, quando a pessoa mais interessante que apareceu na minha vida em 2010 resolveu me deixar. Era dia dos pais. Embora eu não compreenda os sentimentos de um pai, esse foi o pior presente que eu poderia ter recebido naquela data.
E então eu mergulhei numa grande depressão que me fez afastar dos meus amigos e me aproximar mais de minha família problemática. Passei a compreender os motivos das brigas e dos afastamentos, percebendo que fora preservado de tantos cataclismas por ser o mais novo de casa. Com o apoio deles venci as dificuldades e voltei a trabalhar.
Nesse meio tempo meu melhor amigo se casou. Ele também deixou para trás um monte de coisas para viver uma vida nova e diferente. Hoje tanto quanto eu, ele é uma pessoa que não cabe mais no cotidiano formiguense. A vida que ele leva tornou-se para mim um exemplo de superação.
E então veio a segunda parte das minhas férias em dezembro. Conheci um mundo novo, vivi um mundo novo e finalmente descansei. Descansei da labuta e dos problemas contidianos. Descansei do trabalho chato e estressante. Descansei da minha intensa confusão mental. Agora é hora de fazer o balanço do ano.

Ano passado eu aprendi

*Que não dormir faz mal, muito mal.

*Que a família começa e termina sabendo onde vai.

*Que os verdadeiros amigos nunca te abandonam e ainda te surpreendem no final.

Arrependimentos do ano

*Ter me suicidado no Orkut.

*Não ter participado da Codirc.

*Ter deixado o MK Vera e o Rotaract.

O que espero de 2012

*Tirar carteira (já nem quero mais entrar pra "coolest drivers high", só tirar carteira já tá bom demais).

*Iniciar o curso do PROLEITURA - Pós-graduação em Língua Portuguesa, Leitura e Compreensão de Textos.

*Que a profecia dos maias esteja realmente certa, porque como diria o sábio Thlls: "O Mundo Real não é legal".

Que venha logo o fim do mundo, então...