domingo, 13 de novembro de 2011

Páginas brancas com linhas azuladas (ainda que cinzentas)

Essa semana me lembrei daquela música antiga... digo, música do passado (uma vez que o conceito de música antiga já é de certa forma "institucionalizado" no meio universitário, rs) do LS Jack, se não me engano, que diz assim: "Coloquei umaa cartaa numa velha garraafaa" (pode parecer zoeira esse lance da vogal dobrada, mas é como eu sempre escutei a música na minha adolescência revoltada). Aí eu escrevi uma carta parecida com a da música e, embora não quisesse colocá-la numa garrafa, guardei. A minha era a princípio como diz em outro verso da mesma canção: "Mais uma carta de solidão". Porém, quinta-feira eu tomei a decisão de externá-la ao mundo. Ficara três dias guardada, tal qual o Cristo em sua paíxão.
Bastaram alguns contatos externos para eu decidir que aquela carta escrita em papel físico caberia muito bem em um e-mail, mas aí eu pensei: "Putz, essa tecnologia está realmente nos invadindo hein?" e, como não sou um bom "comunicador", decidi assumir mesmo a natureza de poeta, adquirida de minha mãe, para não extenizá-la mais.
Coloquei então a carta na minha mochila (que coisa mais otaku... tsc) e fui trabalhar na sexta-feira com o propósito de viajar para minha terra natal. Em casa, percebi o quanto eu me tornei obsoleto e fui desleixado durante a semana. A reintegração ao trabalho é um pouco difícil, colegas, mas ela tem de acontecer e eu espero que vocês me entendam.
Chegando em casa descobri que minha vizinha mais próxima tinha morrido. Emocionei-me e ainda lembrei outra música de tempos idos que fala: "Quem é maissentimental que eeeu" (mais uma vez transcrita segundo a minha adolescência revoltada). Passara-se uma semana completamente sentimental e havia Dona Maria sido enterrada enquanto eu viajava. É realmente triste que ela tenha deixado o nosso meio. Vou sentir falta dela ao usar o banheiro da casa de minha mãe entre às 18 e 19 horas, horário em que ela sempre via e tentava ouvir o terço da Rede Vida, coisa para o qual ela havia comprado uma antena parabólica quando nem sequer existia essas tvs por assinatura de hoje.
Esse texto do último parágrafo saiu tão descompromissado que eu perdi um pouco do foco original... Ah, é! As páginas brancas com linhas azuladas. É que comprei um bloco para escrever cartas e usar os correios. Acho que foi só pra isso que eu acordei nesse horário pra fazer esse post. Todavia, a sinceridade do meu copo de café não permite que eu termine o post agora. Ele, na verdade, é uma continuação do post anterior e eu estou sem criatividade suficiente para juntar os dois numa crônica. Eu acho que terei tempo durante a semana pra fazer isso, então vou terminar por aqui mesmo.
Perdoem-me os possíveis erros de digitação, durante a semana eu talvez corrija isso também. Até porque são quase 9h00 e eu estou afim de ir na "missa dos velhos" soltar alguns bocejos em público.

***

Joguei a carta fora. Descobri que ela não fazia muito sentido. Mas foi uma forma de desabafar. Joguei fora o bloco para escrever também. As linhas azuladas não são mais azuis, nem as páginas são brancas.

4 comentários:

Cida Leal disse...

O cinza é um cor temporária.

Anônimo disse...

Bem todo assunto que começa tem um fim, mas, e a carta? Que fim teve?

Tchô disse...

A carta não teve fim. Se tivesse fim, teria dado certo. ;)

Anônimo disse...

muito legal seu blog.queria seguir, mas não encontrei essa possibilidade disponibilizada. em todo caso, dá uma olhada no meu blog tb, acho que a gente é um pouco parecido no que se refere a escrever cotidiano.
abraço.
blogbaltazar.blogspot.com