segunda-feira, 21 de junho de 2010

Escancarado

Quando há semanas atrás eu descobri que o Mineirão seria presenteado com um show do Skank para a gravação do próximo DVD da banda, passou-me pela cabeça que seria uma ótima oportunidade de me divertir com os meus amigos e a minha última chance de conhecer o gigante dos mineiros antes que ele seja fechado para as reformas da próxima Copa do Mundo. Decidi comprar os ingressos e depois revender entre os meus amigos que estivessem interessados na ideia.
Descobri, entretanto, que os ingressos não estavam sendo vendidos e sim trocados em ações de marketing, mantidas pelos patrocinadores do evento. A princípio isso era uma maravilha, pois com apenas dois quilos de alimento, por exemplo, você poderia assistir a um grande show de uma banda conceituada nacionalmente. Contudo, as maneiras mais fáceis de se conseguir o ingresso já haviam esgotado o seu fornecimento.
Quando a Arilda me disse numa bela noite de terça-feira que a Coca-Cola iria distribuir mais entradas na quarta, eu decidi me arriscar a buscar umas entradas. Assim, me dirigi numa ótima quarta-feira para o Carrefour Pampulha a fim de conseguir o máximo de entradas que eu pudesse retirar. Avisei minha superior que eu, provavelmente, voltaria às 15 horas porque tinha de ir pegar os ingressos (não consigo mentir, gente, é sério) e a distribuição começaria somente às 14 horas (e eu volto do meu almoço às 13). Ao som de um "pode ir tranquilo", fui todo alegre e serelepe (ui!) para o local.
Fui avisado de que poderia retirar 6 ingressos desde que eu comprasse R$90 em produtos Coca-Cola. Tudo bem. Mas que produtos eu compraria? Eu não tinha como armazenar muita coisa em casa, precisava levar tudo pra casa sozinho (falta um carro nessas horas) e não sabia o que os meus amigos gostariam de comprar. Tendo em vista tais fatores, decidi levar 6 fardos de latinha, pois era o produto menos perecível, mais fácil de consumir e transportar que lá havia. Para agradar gregos e troianos, comprei tudo em Coca-Cola mesmo porque as únicas pessoas que não tomam este xarope errado são pseudocults anticapitalismo, o que não era o caso das pessoas para quem eu poderia fornecer o ingresso (eu acho).
Coca-Colas no carrinho, me bateu a dúvida: como vou isso para casa? "Vou ter de morrer em um táxi", pensei. Nem raciocinei se haveria táxis na porta do Carrefour ou se eu teria de ligar para que algum fosse me buscar, a frase anterior já havia me tranquilizado. Aí bateu outra dúvida: 13h45 começou a crescer uma enorme fila no posto de troca, será que haveria entradas suficientes? Será que eu conseguiria as 6 que pretendia? E o sofrimento só aumentava, 14h15 e a distribuição não havia começado. Pronto! Eu estava num supermercado, cheio de coisas, com horário pra voltar e não tinha como levar nem podia voltar para o trabalho e perder a chance de ir ao show.
Aí eu olhei para trás e vi uma colega de trabalho duas posições depois de mim. Como tinha cortado o cabelo há poucos dias, ela demorou a me reconhecer. Depois, foi até legal, porque além de arrumar uma carona para a escola (que funcionou como transporte para as minhas compras), eu fiquei horas conversando com a bibliotecária Soraia sobre o lugar onde estou trabalhando.
E o resultado disso tudo é que eu fiquei com um tufo de refrigerante para beber lá em casa. Isso já fez nossa alegria em uma noite na Liberty Square e ainda restaram algumas unidades para novas oportunidades. Em retribuição ao anúncio dos ingressos, convidei minha irmã para o show. Espero que ela não tenha acabado com todas as unidades antes que eu chegue lá em casa.

4 comentários:

Tchô disse...

Adendo pra vc q veio comentar algo do tipo: "Mas vc naum flw cm tava o show."
Se quiser saber como foi o show, leia o blog do Thlls (http://coracaopsiquico.blogspot.com/). Pra mim, a história mais legal foi de como eu consegui os ingressos e não o show em si (apesar dq foi mto massa e eu não tenho nd a reclamar...).

Unknown disse...

Thalles aproveitador de blog dos outros pra fazer propaganda.

Unknown disse...

é, eu já ia fazer essa pergunta.
Mas o mais legal são os detalhes mínimos.
Amanha vou postar sobre o jogo do Brasil (o jogo vai ser a última cosia a ser narrada)

Thlls disse...

esses detalhes nada a ver (que na verdade são tudo a ver) é que importam