segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Males que fazem bem

Há duas semanas fui "supreendido" com a história de que teria de mudar de setor dentro da Escola de Música para resolver um desentendimento entre funcionários. A primeira coisa que pensei foi exatamente "P*#%@, eu não tenho m&#%@ nenhuma a ver com essa d&$*#@$@", mas meu semblante sereno e calmo foi suficiente para esconder esse pensamento horroroso que havia imperado na minha mente. Achei por bem não contestar a mudança, justamente por não ter bagagem suficiente para constetá-la e por pensar que a mudança poderia me beneficiar de alguma forma.
Trocaram meu horário de 8h30 às 17h30 para 13h00 às 20h00, ou seja, recebi um "bônus" de uma hora a menos na carga horária por ter de trabalhar à noite. O "benefício intantâneo" fora do expediente que recebi foi o de poder ficar na internet até mais tarde sem ter a preocupação de acordar cedo no dia seguinte, era realmente tenso lutar contra o despertador do celular de manhã e chegar ao trabalho entre 8h45 e 9h15, nunca no horário que me foi determinado iniciar as atividades. Agora, também tenho mais tempo para cuidar da minha casa, afinal, fazer tarefas domésticas pela manhã é muito mais animador do que fazê-las à noite, quando você já está cansado de dedicar o seu cérebro a uma atividade intelectual o dia todo.
Por outro lado, passeios no shopping à noite, como os que eu adorava fazer no Del Rey sozinho ou no Cidade com o Muppy-senpai ocasionalmente, ficarão distantes (quando quiser ver o senpai, acho que vou ter de ir à terra dele ou marcar algum almoço no bandejão da Faculdade de Direito). Também não vou poder amolar o Gabriel durante a semana (nem pagar aquela partida de Go, que estou devendo ele há décadas, durante a semana), o que para ele é menos mal, pois ele precisa estudar para continuar se divertindo conosco na Capital dos Mineiros ano que vem.
Esses pensamentos me atormentaram um bom tempo durante essas duas semanas e a cada "prejuízo" que eu encontrava, eu pensava num "benfício" para manter o equilíbrio, não prejudicar o Ying-Yang e poder curtir o fim de semana na boa. Mesmo com o "temporal" (aqueles típicos de interior, se é que vocês entendem) que passou pela cidade de Formiga na sexta-feira, encontrei uma boa parte dos meus amigos no nosso refúgio coberto (o CCAA) na Praça da Matriz e após uma longa conversa sobre card games, velhas virgens e outras coisas mais, fomos embora dormir para enfrentar o dia seguinte.
Sábado, pude ver o Eron pela manhã (não podia deixar de recebê-lo na minha cidade, embora não tenha me dedicado 100% à vinda dele, afinal de contas, ele nem veio 100% por minha causa e eu espero que os 90% pelos quais ele tenha ido tenham sido correspondidos). À tarde, cumpri minhas obrigações como parceiro da Skirk Land, embora o Renan tenha trabalhado mais do que eu, acredito. À noite, tive de cumprir meus compromissos como rotaractiano e apresentar o meu projeto do mês, mas depois tive de escolher entre sair com meus amigos, com a galera do Twitter ou com as amigas da Mariana. Agradeço imensamente por a Mariana ter "dado o bolo" em suas amigas e ter me acompanhado a mais uma "Festa do Câncer" na casa do Marcelo (um daqueles eventos onde a gente só come alimentos que no futuro vão causar doenças cancerígenas, como as de fígado que eu causei com a minha pipoca extra-salgada nas pessoas que compareceram a esta edição). Se não fosse ela, acredito que teríamos de esperar mais uns 20 minutos para podermos comer a primeira leva de pipocas com ki-suco, visto que os demais integrantes não sabiam sequer fritar pipocas (aliás, é assim mesmo que se fala?) e a Mariazinha estava exercendo o seu vício no Orkut, jogando Mini-Fazenda. A paçoquinha do final foi essencial para contrabalancear com o sal excessivo que eu coloquei em uma das levas de pipoca e eu não vou nem comentar o meu fracasso no Guitar Hero, embora tenha me divertido mais do que se eu tivesse a mesma habilidade do Leo ou do Leozinho. Esses eventos podem ter todo o teor "infantil" que contém, mas são coisas que muito me alegram e é muito bom poder compartilhar deste sentimento com os outros.
Mas o maior dos benefícios de ter mudado de setor é não ter de voltar de Formiga no domingo à noite. Assim, posso reunir os treinadores no domingo para um "bom duelo" (parabéns, Léo, finalmente foi campeão, hein?) e passar o resto da noite com aquela que espero muito me alegrar de agora em diante, assim que "consumarmos" o relacionamento ao qual nos propusemos enfrentar daqui pra frente. De tudo, se mudar de setor foi mesmo um "mal", hoje já é uma coisa que me faz bem.

3 comentários:

Mari Guimarães. disse...

não é doença de fígado.. é hipertensão, e eu acho que o fígado não tem nada a ver com isso.. hahaha

Tchô disse...

Er... Foi a Mariazinha qm flw isso... =D

Lucas disse...

Apesar de um comentário meio atrasado...
Que paia vey, os poucos momentos de descontração eram os passeios no cidade, ahuahua. Apesar de que daqui pra frente eu tenha que fica mais em BH (espero), ai quem sabe a gente se esbarra por aí. rs