Você pode escrever, se você consegue. Mas se você não consegue, você precisa. Precisa pelo menos para parar de pensar. Não adianta escutar uma música, não adianta ler outro texto, é preciso produzir o seu próprio. Não há liberdade fora da folha em branco. É o caminho que você escolheu. Letras se misturam na presença da cor. Volta ao nada, não dá seguimento. Prefere expelir o sentimento ignominioso. Volta, encontrou o seu fim. Certas coisas não funcionam.
O tempo passa quando quer passar. Às vezes, é preciso executar um salto para se acalmar. Pular, o mais próximo do voo que o ser humano pode experimentar com o próprio corpo. A sensação de ser puxado para baixo e cair, cair profundamente. A dor de uma queda mal absorvida. Uma dor doída e ao mesmo tempo prazerosa. A dor da queda abate qualquer um.
Salta no tempo através do papel. Salta no tempo com o auxílio das letras. Salta no tempo e permanece ileso. Mas seus possíveis danos recaem sobre o outro. Não é possível saltar de volta. Já está feito. Agora o tempo passa porque quer passar. Os sons se misturam. A concentração escapa. Vai para outros domínios. Não fica onde quer ficar. Mas o morro continua sempre no mesmo lugar.
Deve ele ir ao morro? Não sabe responder. O pensamento não sai. A folha permanece intacta. Palavras se misturam sem harmonia. A pergunta paira no ar e invade o papel. Tem início a infecção. Tenta fugir do vírus, mas é tarde demais, ele já o consumia. Não há escapatória, nem para onde escapar. Bloqueio. Necessidade. Precisa de um antídoto, mas a única coisa que tem é a folha; em branco; já infectada.
Deve ele ir ao morro? Lá talvez encontre a cura, ou então a paz; eterna. Seu cérebro metralha pensamentos, mas ele continua sem resposta. O fim que encontrara era o recomeço. Nada lhe resta a não ser investir de novo em sua caminhada. Carregando a infecção e seu papel; em branco.
O tempo passa quando quer passar. Às vezes, é preciso executar um salto para se acalmar. Pular, o mais próximo do voo que o ser humano pode experimentar com o próprio corpo. A sensação de ser puxado para baixo e cair, cair profundamente. A dor de uma queda mal absorvida. Uma dor doída e ao mesmo tempo prazerosa. A dor da queda abate qualquer um.
Salta no tempo através do papel. Salta no tempo com o auxílio das letras. Salta no tempo e permanece ileso. Mas seus possíveis danos recaem sobre o outro. Não é possível saltar de volta. Já está feito. Agora o tempo passa porque quer passar. Os sons se misturam. A concentração escapa. Vai para outros domínios. Não fica onde quer ficar. Mas o morro continua sempre no mesmo lugar.
Deve ele ir ao morro? Não sabe responder. O pensamento não sai. A folha permanece intacta. Palavras se misturam sem harmonia. A pergunta paira no ar e invade o papel. Tem início a infecção. Tenta fugir do vírus, mas é tarde demais, ele já o consumia. Não há escapatória, nem para onde escapar. Bloqueio. Necessidade. Precisa de um antídoto, mas a única coisa que tem é a folha; em branco; já infectada.
Deve ele ir ao morro? Lá talvez encontre a cura, ou então a paz; eterna. Seu cérebro metralha pensamentos, mas ele continua sem resposta. O fim que encontrara era o recomeço. Nada lhe resta a não ser investir de novo em sua caminhada. Carregando a infecção e seu papel; em branco.