terça-feira, 4 de maio de 2010

Curva da Liberdade / A noite de ontem

Quem acompanha este tão pouco atualizado blog, deve ter percebido que já realizei quase 50% das minhas metas para este ano, o que me deixa muito feliz. Agora, mesmo se o ano acabar neste momento, não terá, de todo, sido ruim.
Confesso que tenho andado calmo ultimamente, mesmo com a iminência da realização do Anime Day. É muito bom ver uma coisa que você vem planejando há tanto tempo se concretizar. Como vim para BH meio de supetão (vide post anterior), não tive tempo (nem meios) para escrever sobre minhas primeiras impressões sobre este novo mundo, mas boa parte delas está no meu Twitter, portanto não vou falar muito sobre elas aqui.
Este fim de semana ainda volto a Formiga para a realização do Anime Day, mas depois passarei meu primeiro fim de semana na capital dos mineiros. Esse local aqui para mim tem sido só alegrias. Longe do marasmo que é a Cidade das Areias Brancas (hoje já sujas) na qual eu nasci. É muito bom voltar para a sua terra e reencontrar os amigos, mas não podemos degustar esse sentimento se não sairmos de nossa terra natal.
Hoje vislumbro com olhos de menino o futuro que me espera na curva da vida. Isso me traz uma enorme felicidade, coisa que gostaria de compartilhar com todos que, de certa, forma, são especial para mim. Continuo sem net no meu apartamento, mas o Ricardo, um dos meus companheiros, tem me emprestado seu Mac (tecnologia um pouco avançada para um rapaz tímido do interior) para eu manter contato com meus amigos.
E enquanto continuo sem comunicação direta em casa, vou lendo meus mangás, escrevendo pequenos textos em folhas de papel para distrair. Um deles foi escrito na semana passada, mas somente hoje pude digitar e, para não perdê-lo no tempo (como minha mãe fez com algumas composições dela do tempo que ela cursava Premem aqui em Belo Horizonte) resolvi publicá-lo no meu blog. É altamente introspectivo, mas não há nenhum “código” que deve perturbar nenhum dos meus amigos (o que justifica o texto introdutório que vocês acabaram de ler).
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Chegou à casa cansado. Procurou a cama para descansar. Suas necessidades fisiológicas o fizeram ler. Uma nova vida, uma nova etapa. Procurou não pensar nisso. Lembrou-se do passado, mas não teve com quem dividir. Era a tal solidão que havia procurado a tantos anos.
Deitou-se para ouvir calmamente o caos urbano. Aquele barulho o acalmava; o silêncio lhe doía. Ao fundo uma doce gaita compunha a trilha sonora. Um artista diperdiçado em meio aos emaranhados de concreto. Sentiu-se como um personagem do cinema, daqueles que procura a lua para se encontrar. Por falta do que fazer, resolveu deitar-se, enquanto a música o ninava. Adormeceu.
Uma hora depois, outro som o acordou. Sonolento, não percebeu o que se passava. Aquele som o encheu de perguntas. Muitas delas, ainda não sabe responder. À medida que o tempo passa, mais questões invadem sua mente, mas espera encontrar suas respostas muito em breve.

2 comentários:

Unknown disse...

Get a cool. Eu queria sair para respirar novos ares mas não sei se seria capaz de enfrentar a solidão. Mas hoje com internet essa palavra já perdeu o sentido.

Thlls disse...

nem tanto, lalinho o/