quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Wondefull

Por mais que o tempo esteja passando lento como o cair de areias de uma ampulheta, esse fim de semana foi tão rápido quanto o disparar de uma flecha. Quando surgiu o assunto sobre o Futiract em Pains, pensei seriamente em não ir, mas de certa forma, eu sabia que algo maior me faria ir até lá e curtir com os meus amigos as benéfices que a festa poderia nos oferecer. O estopim para isso foi a Mariazinha, que eu adotei carinhosamente como a minha "segunda mãe na Cidade das Areias Brancas". Se não fosse ela, provavelmente eu teria ficado em Formiga e sabe-se lá o que eu iria fazer para matar o tempo, antes que ele me matasse.
Enfim, parti para a casa da Paty logo cedo para esperar a Little Blood Mary e a Dona... (cara, juro que tentei lembrar o nome da mãe da Paty, mas é uma coisa tão incomum que eu confesso que não entra na minha cabeça de jeito nenhum) me pegou numa conversa interminável sobre crochê, bordado e todo tipo de artesanato feminino produzido nesses cantos das Minas Gerais. É realmente impressionante o tanto que a Mariazinha se transforma em frente a um volante. Parece a personificação do Pateta num hilário desenho em que ele entra no carro e se transforma completamente de um cara pacífico a um rapaz completamente malvado e fugaz. E é nesse momento que ela gosta de afogar suas mágoas (o Danilo bem conhece, né?). Dessa vez, ela nos contou sobre como o pai dela a ajudou a fugir de casa e ir parar num convento, para que depois ela conhecesse a cidade ao som de Elvis Presley (?).
Paramos na vó do Marcelo (que tem complexo de ser chamada de "vó") e depois fomos procurar a tal quadra onde aconteceria a partida histórica entre RCTFormiga e RCTPains. Encontramos a casa do [RCT]Gustavo para, só depois, descobrirmos que o local do jogo era no lugar mais distante de Pains (#fail). Resolvemos ir à pé e no meio do caminho encontramos alguns rapazes perfazendo o mesmo percurso. Foi aí que eu, com a minha falta de vergonha adquirida partir de um pouco insanidade, gritei: "Oh Rotaract!". Não deu outra, aqueles três rapazes que andavam solitários eram mesmo rotaractianos. Eles se encarregaram de nos levar até o local da festa partida e no meio do caminho apareceu um rotactiano motorizado para nos dar carona. Como não cabíamos no carro, eles se encarregaram de levar a mulher que nos acompanhava e para que ela não fosse sozinha com pessoas desconhecidas como eu não sou idiota, peguei carona também alegando que precisava acompanhar a Paty.
Chegando lá, aumentei meu nível de xp com o povo do IC. Eles realmente são muito massa e me fazem querer ter uns cinco anos a menos pra andar com eles sem sentir depressão. E então tivemos a partida. Dizem que eu fui um bom goleiro, mas sei lá! Eu só fiz o que eu sei fazer, nem sou tão foda assim. Curtir o início da festa pra mim já foi suficiente. Queria até ter ficado mais para dançar mais tectonik, mas algo em Formiga me esperava... e eu nem sabia.
Na volta, consegui convencer a Mariazinha a nos levar pro Magueirão no domingo (na verdade, a minha intenção era que ela me levasse a Furnastur para que eu visitasse e conhecesse a casa da minha chefe, a Marina, mas isso é algo que pode esperar um pouco mais) e ela acabou nos levando ao ABC para fazer compras. Enquanto ela e a Patrícia procuravam ingredientes para fazer um macarrão supimpa, eu, Léo e Marcelo ficamos conversando coisas que a gente sempre começa, nunca termina e nem convém falar. Pretendia terminar a noite na casa da Mariazinha, mas Dona sei lá o que (desculpa, Paty) não nos permitiu. E assim voltei para casa pra passar o resto da noite sozinho... Sozinho uma ova! Fui pra Praça na hora que comecei com esses pensamentos depressive boys.
Por ironia do destino (ou não), o único que lá estava era o Glória. Ficamos conversando um bom tempo sobre coisas completamente banais, mas peculiares e eu pude perceber o quanto Deus realmente é uma coisa muito foda e inexplicável. Mesmo sem eu ter lhe respondido aquele scrap de segunda-feira passada, nem aquela mensagem enviada naquele mesmo dia bem cedo, ela apareceu. Foi interessante passear abraçados na beira do rio pra tentar conter o frio que ela sentia. Foi maravilhoso encontrá-la na Igreja Matriz no dia seguinte para assistirmos uma missa na qual o Pedro que mora logo ali era coroinha. Foi uma pena não poder levá-la para o Mangueirão conoscoara compartilhar aquele churrasco/macarrão supremo da Mariazinha, mas foi bom tê-la encontrado à noite e perder o espetáculo de Mordor no Cristo só para podermos ficar juntos. Foi tenso ter de ficar na Skirk Land segunda, levar uma meninada pra casa do Dança e não poder ficar pra tomar cerveja e jogar poker (sim, por mais que eu diga o contrário, eu queria sim participar dessa vibe). Mas terminar o fim de semana ao seu lado, uma semana antes de eu me tornar 5 anos mais velho que você, me fez muito bem.
Agora, escutando os álbuns do Vinicius de Morais que o Gabriel me passou na semana passada, penso que você bem que podia me aparecer nesses mesmos lugares que me fazem feliz mesmo sem a tua presença, para que eu possa curtir essa doce boemia sem razão de ser e compartilhar mais do que 40% dos escritos do Lalinho, do Dança e do Téia. E sem ter a vontade de me perguntar quando chegar a noite: "Onde anda você?".

3 comentários:

Bruno Dancing disse...

Foi um bom fim de semana mesmo, fiquei um tanto de cara.

Thlls disse...

boto fé, Marialisson

Marcelo Rodarte disse...

"I'm timeless like a broken watch
And make money like Fred Astaire..."